sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

RESGATE HISTÓRICO: SOLDADOS DA BORRACHA DA CIDADE DE COSTA MARQUES – RO




         Os professores de Língua Portuguesa curcistas do curso Gestar II de Lingua Portuguesa Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano do: Creonice, Elesandra, Eliene, Elizabeth, Maristela, Nivaudo, Terezinha Ana e Wanilson juntamente com os alunos do 8° ano A e 8° ano C realizaram uma pesquisa, entrevistaram os soldados existentes no nosso município e fizeram visitas na casa de alguns deles, para resgatar a história desses heróis que corajosamente lutaram nessa Batalha da Borracha
Este memorial conta a extraordinária história de homens, a grande maioria nordestinos, que participaram da silenciosa “Guerra da Borracha” nas trincheiras da Amazônia, aqui destacados os do Rio Guaporé nos anos da Segunda Guerra Mundial, os chamados Soldados da Borracha. Para tanto foram entrevistados quatro remanescente dessa  quase esquecida historia e um seringueiro este nascido no Vale do Guaporé,  mas que também dedicou a sua sofrida vida nos seringais. Este trabalho foi também enriquecido com pesquisas bibliográficas. A primeira parte traz um breve relato introdutivo seguido dos memoriais. É importante lembra que este é uma parte do projeto de conclusão do Curso do Gestar II – Língua Portuguesa.
         Homem simples vindo geralmente do Nordeste para trabalhar nos seringais na esperança de fazer riqueza e voltar para sua terra natal.
       Ao receber uma “estrada de seringa” ele já iniciava devendo ao patrão sua passagem de vinda, seus utensílios de trabalho (machadinha, tigela, poronga,...) e sua alimentação (farinha, carne seca, açúcar e café). Recebia também garrafas de cachaça para poder suportar o trabalho e a solidão no interior da floresta. No acerto de contas ao final de uma jornada, nunca tinha saldo a receber e obrigatoriamente tinha que continuar, enriquecendo cada vez mais o seringalista. Foi explorado em trabalho quase escravo, durante décadas e acabou ficando nas terras ribeirinhas.
A “Guerra da Borracha”, porém, foi uma conseqüência da política federal e mais um programa de emergência para lidar com o enorme déficit de borracha nos Estados Unidos no contexto da Segunda Guerra Mundial.Em todas as regiões do Brasil, aliciadores tratavam de convencer trabalhadores a se alistar como soldados da borracha e, assim, auxiliar a causa aliada. Alistamento, recrutamento, voluntários, esforço de guerra tornaram-se termos comuns no cotidiano popular. A mobilização de trabalhadores para a Amazônia coordenada pelo Estado Novo foi revestida por toda a força simbólica e coercitiva que os tempos de guerra possibilitavam. No Nordeste, de onde deveria sair o maior numero de soldados, o Semta convocou padres, médicos e professores para o recrutamento de todos os homens aptos ao grande projeto que precisava ser empreendido nas florestas amazônicas. Nos cartazes coloridos os seringueiros apareciam recolhendo baldes de látex que escorria como água de grossas seringueiras. Todo o caminho que levava do sertão nordestino, seco e amarelo, ao paraíso verde e úmido da Amazônia estava retratado naqueles cartazes repletos de palavras fortes e otimistas. O slogan "Borracha para a Vitória" tornou-se o emblema da mobilização realizada por todo o Nordeste.
 A seca de 1942 coincidiu com o começo dessa campanha, criando uma “reserva” de braços disponíveis, principalmente no Ceará. Para o governo brasileiro era uma oportunidade para mitigar alguns dos mais graves problemas sociais brasileiros. Somente em Fortaleza, cerca de 30 mil flagelados da seca de 1941-1942 estavam disponíveis para ser enviados imediatamente para os seringais. Mesmo que de forma pouco organizada, o DNI (Departamento Nacional de Imigração) ainda conseguiu enviar quase 15 mil pessoas para a Amazônia, durante o ano de 1942, metade das quais homens aptos ao trabalho nos seringais.
A falta de estabilidade na terra, o espírito aventureiro e arrivista que caracterizaram as relações econômicas no “ciclo da borracha” são, muitas vezes, apontados como falhas que levaram esse sistema extrativista da prosperidade econômica à derrocada. As bases que fundamentavam a lógica desse sistema, entretanto, não se apoiavam numa economia fixa e sim de transplante.
A própria estrutura física dos seringais demonstrava que o negócio da borracha exigia apenas uma infra-estrutura primária que possibilitasse ao patrão ou seringalista dirigir o processo de extração do látex baseado numa contabilidade que atava o seringueiro ao trabalho. As condições de moradia do seringalista e do seringueiro eram improvisadas de modo que cumprissem seu papel no sistema extrativista. O tapiri do seringueiro não era exatamente uma moradia, mas o local de trabalho onde ele transformava, num processo rudimentar, o látex extraído das seringueiras em pélas de borracha. O fato de que o sistema não promoveu uma fixação à terra está na razão de seu funcionamento, pois se tivesse promovido essa fixação não teria se realizado da forma que se realizou e os próprios elementos que o integravam não teriam tido na pirâmide do sistema extrativo a posição que tiveram.
Agradecimento
Este trabalho foi uma realização do Curso  Gestar II – Língua  Portuguesa  em parceria com  a  E. E. F. M. “ANGELINA DOS ANJOS. ”Tendo  como  executores  os alunos das Série 8ª ano A e C , e como personagens principais os Soldados da Borracha , sem os quais  este não poderia  ser realizado .
Agradecemos pela participação e colaboração de todos  que de uma forma ou de outra contribuíram para  a realização deste  e principalmente  de maneira especial  os  Soldados da Borracha : Os Srs. Antônio Augusto da Silva, Francisco Chagas de  Lima, Manoel de Lima Gomes, Sebastião  Profírio 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ANO NOVO

O Ano Novo passou a ser comemorado no dia 1° de janeiro no ano 153 a.C. Antes disso, festejava-se o recomeço do ciclo anual no período que equivale ao atual 23 de março (a comemoração durava 11 dias). Havia uma lógica para a escolha dessa data, feita pelos babilônios 2 mil anos antes da era cristã: o final de março coincide com o início da primavera no hemisfério norte (onde ficava a Babilônia), época em que novas safras são plantadas. Daí a idéia de recomeço. Foram os romanos que determinaram, aleatoriamente, que o Ano Novo deveria ser comemorado no dia 1° de janeiro.
O dia 1º de janeiro foi reconhecido como Dia do Ano Novo com a introdução do calendário gregoriano na França, Itália, Portugal e Espanha em 1582. calendário gregoriano é quase universal. Mesmo em alguns países não cristãos, ele foi adaptado às próprias tradições ou adotado apenas para uso civil, mantendo-se outro calendário para fins religiosos.
As promessas feitas na passagem de ano, tão comuns e tão descumpridas, não são uma tradição recente. Os babilônios já as faziam há 4 mil anos. Mas em vez de resolverem levar uma dieta a sério ou parar de fumar, eles juravam de pés juntos que, tão logo acabassem as festas, devolveriam equipamentos de agricultura que haviam sido emprestados por amigos.
A tradição de usar um bebê como símbolo do Ano Novo foi adotada pelos gregos por volta do ano 600 a.C. Eles desfilavam com um bebê dentro de um cesto para homenagear Dionísius, o deus do vinho. O ritual era a representação do espírito da fertilidade, pelo renascimento anual de Dionísius.